2007-12-16

O VATICANO VOLTA A ATACAR

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Vaticano diz que fiéis devem evangelizar não-católicos


Estes títulos têm aparecido em várias publicações, e não deixam de causar - pelo menos a mim - algumas perplexidades. Vejamos:
"Vaticano reafirma o direito de evangelizar". O direito de evangelizar???? Será que o Vaticano (leia-se "o sr. Ratzinger") alguma vez se lembrou que há muita gente que tem o direito de não ser evangelizada? E que esse direito é irrenunciável - para aplicar uma palavra do sr. Ratzinger?
Eu compreendo perfeitamente o desespero do sr. Ratzinger: a conco
rrência é feroz, há cada vez mais igrejas (todas elas a seguirem a verdadeira palavra de Deus), os crentes são, naturalmente, cada vez menos, uns porque deixaram de acreditar em aldrabices, outros porque foram procurar aldrabices diferentes, com melhores milagres e dízimos mais baratos, e os cofres do Vaticano acabam por se ressentir. Daí o projecto de Ratzinger: toda a gente católica, JÁ! Daí, também, que ele considere a evangelização um direito. Que seja um dever, aceito. Agora um direito...
De qualquer modo, não se pode ser mais hipócrita. Os direitos, para o sr. Ratzinger, são aquilo que ele entender. Para ele, evangelizar é um direito; mas o casamento, direito que está bem plasmado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, é continuamente negado aos padres:

Artigo 16°

A partir da idade núbil, o homem e a mulher têm o direito de casar e de constituir família, sem restrição alguma de raça, nacionalidade ou religião. Durante o casamento e na altura da sua dissolução, ambos têm direitos iguais.

Como é, sr. Ratinger?


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