2011-09-19

O BURACO DO JARDIM

Parece que anda todo o mundo aflito, por se ter descoberto (mais) um enorme buraco financeiro, desta vez no Império do Atlântico, mais conhecido por ilha da Madeira - aliás considerado a democracia mais avançada de África.
Eu ainda não consegui ver onde esteja o problema. Mas assumo a minha distracção. Aliás, o dr. AAJ diz, claramente, que sim senhor, gastou, mas apresenta obra feita. Ora: não foi isso que fizeram todos? Os governos que transformaram Portugal numa imensa auto-estrada, que plantaram estádios de futebol em tudo o que é sítio, que criaram institutos e fundações para dar emprego aos familiares e amigos, não foi isso que fizeram? As famílias endividadas, que compraram vivendas, mobiliário e automóveis, que viajaram para os paraísos turísticos quando já só tinham dinheiro para ir até ao Castelo do Queijo, não apresentaram "obra feita"? Então, porquê esta escandaleira à volta do dr. AJJ?
Quanto a mim, trata-se, apenas, de inveja. Nenhum político português conseguiu estar no poleiro durante mais de trinta anos, através de eleições. E isso dói. Nenhum político português teve a ratice que tem o dr. AJJ. Fez o que quis, quando quis, como quis, insultou tudo o que era gente, desde o sr. Silva até aos "bastardos" dos jornalistas a quem, por esmerada educação, não chamou "filhos da puta", conseguiu o dinheiro que entendeu, quando entendeu, e nunca ninguém lhe pediu contas. Aliás, só assim, puxando para a Madeira e para os madeirenses, é que conseguia ser eleito tantas vezes. Ou não?
Escondeu a dívida? E depois? Poderá custar-lhe 25 mil euros. Trocados, que os "cubanos" pagarão alegremente. Assim ou assado, mas pagam.
Vale uma aposta e o homem vai ser eleito em Outubro?

2011-09-06

SEMPRE ATENTO E VIGILANTE...

...o nosso presidente da República mostrou-se crítico relativamente ao número excessivo de jogadores estrangeiros.
No momento grave que o país atravessa;  em que o governo nos vai (mais uma vez e todos os dias) aos bolsos; em que as condições de vida dos portugueses se agravam; em que famílias perdem a vergonha de ser pobres e vão mendigar uma refeição às IPPS; em que já se foram os anéis e os dedos vão a caminho; em que se descobre um buraco descomunal na Madeira, que os portugueses terão de tapar; em que diariamente há notícias de empresas a fechar e a mandar para o desemprego mais umas centenas de trabalhadores, é bom saber que alguém se preocupa, verdadeiramente, com os reais problemas dos portugueses e de Portugal.
Nero defendia panen et circencis, para manter os romanos tranquilos; em Portugal, como já vai minguando o pão, ao menos que haja circo.  Ainda bem que vai havendo quem trate disso...

2011-09-02

O FUTEBOL E O PAÍS

A revista "Sábado" noticia que Paulo Bento afirmou ter, Ricardo Carvalho, traído o País. Não sei de quem é a responsabilidade do termo "trair o país"; se da Sábado, se de Paulo Bento. De qualquer das formas, e sem pretender fazer juízos de valor relativamente à atitude de Ricardo Carvalho (estou-me borrifando para o futebol) há que pôr os pontos nos respectivos ii.
Em primeiro lugar, e embora não pareça, Portugal é bem maior que um mero campo de futebol. O país não se resume ao pontapé na bola - embora tudo indicie o contrário, e certos governantes cultivem esta confusão. Depois, não reconheço à selecção portuguesa de futebol qualquer representatividade do país. O país tem um representante, eleito pela maioria dos votantes (não confundir com a maioria dos portugueses). Não me recordo de ter, de algum modo, contribuído para a eleição dos "ricardos carvalhos" "cristianos ronaldos" etc. nem, sequer, fui chamado a pronunciar-me quanto à escolha do seleccionador. Eu, cidadão português e contribuinte (e de que maneira!) não fui tido nem achado quando puseram Paulo Bento a orientar a selecção de futebol. Nem quero ser! A selecção, no meu entender, não representa Portugal; representará, quando muito, a Federação Portuguesa de Futebol. Por isso, se Ricardo Carvalho traiu alguém, não foi o país: foram os interesses futebolísticos e/ou federativos.