2008-06-16

A EDP E OS CALOTEIROS


Circula, por aí, o boato de que a EDP (Energias de Portugal) se prepara para cobrar aos consumidores pagantes e cumpridores, as dívidas feitas por consumidores não-pagantes, ou seja, relapsos (vulgo caloteiros). Só assim, suponho, a EDP conseguiria ultrapassar a asfixia financeira em que vive actualmente, precisamente por causa desses caloteiros. Segundo ouvi de passagem, trata-se de uma importância astronómica - cerca de 12 milhões de euros - que, a dividir por todos os consumidores cumpridores daria p'raí um euro a cada um. Nada que uma família abastada, como é o caso da esmagadora maioria das famílias portuguesas, não suporte.
A boa notícia é que, logo que as dívidas ditas incobráveis sejam liquidadas - pelos cumpridores, repito - ou seja, logo que a EDP tenha as contas equilibradas, passará a distribuir, pelos consumidores cumpridores, e como forma de prémio de lealdade, os seus parcos lucros. Pelo que me parece ser compensador este eurito que a gente vai pagar. Aliás, e como forma de diminuir o fosso existente entre ricos e pobres, parece que as distribuidoras de água, gás, telefones (fixos ou móveis) vão segu
ir o exemplo da EDP. Depois, é só dividir os lucros pelos consumidores que honram os seus compromissos. Pela parte que me diz respeito, já pedi catálogos de casas à venda, pois é desta que vou mudar de casa.
Só tenho medo é de que o Sr. Andrade, dono da mercearia onde me abasteço, siga o mesmo exemplo (tem o mesmo direito, acho eu). Não é por nada, é que, com os c
alotes que o homem tem (isto a julgar pela espessura do livro de calos), os lucros não devem ser grande coisa, e pouco me tocará quando chegar a altura da distribuição.

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