2013-06-18

Greve aos exames

Não sei o que dizer da greve dos professores... Mas sei que tem desencadeado ódios e afectos. De um lado, os que berram que os alunos é que são prejudicados, porque se prepararam, sem cuidarem de saber que o que aprenderam permanece. Ou seja, se os exames forem adiados, o saber mantém-se - a menos que alguém faça uma formatação. Também é verdade que os alunos não têm culpa de que PPC y sus muchachos tivessem decidido pôs os funcionários públicos abaixo de cão, e refiro-me ao vulgar cão vadio, que os outros são mais bem tratados. Ou seja, os alunos não deviam ser prejudicados pela greve. Pois é, mas nas greves dos transportes os utentes, que até já compraram o passe, também são prejudicados, e ninguém diz nada. Tal como os doentes, nas greves dos médicos. Aliás, peço que me indiquem quais são as greves em que o patronato é REALMENTE prejudicado. Talvez as greves do Pingo Doce, ou do Continente... Mas aí não há greves. Adiante.
Bem ou mal, os professores estão a lutar por direitos que foram conquistados ao longo de décadas; e o mesmo devia ser feito por toda a função pública que, no entanto, se limita a baixar a cerviz e a aguardar, com a paciência do boi que vai para o matadouro, que o cutelo lhe caia na cabeça.
Pedro Passos Coelho não gosta dos funcionários públicos. Aliás, ele mesmo o disse, sub-liminarmente, quando foi questionado: "Eu não sou funcionário público", afirmou em plena Assembleia da República.
Não sei se os professores têm razão; mas sei que o Governo se tem posto a jeito para que, numa atitude primária, eu esteja solidário com eles.

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