Bom, mas eu dizia que Portugal iniciava o seu período de explendor financeiro. Entre outros, foram construídos o inútil Convento de Mafra e o Aqueduto.
Não sei se, nessa altura, já tinha sido inventado o "princípio dos vasos comunicantes", porque trazer água de Belas para Lisboa, atravessando o Vale de Alcântara, devia ser um bico-de-obra. D. João V resolveu o problema, mandando construir o Aqueduto.
Passear ao longo do monumento, é um exercício de fascínio, enchendo os olhos com uma vista de cortar a respiração. E mais não digo.
O que é curioso é que, perguntando aos lisboetas, não é fácil encontrar quem saiba onde se situa, exactamente, a entrada para o Aqueduto. Ou então, fui eu que tive azar... Porque quem acabou por me dar a indicação certa, foi uma mulherzinha vendedeira de fava-rica, que até tinha sotaque de Trás-os-Montes. Os lisboetas, esses, ficavam a olhar para mim, com cara de... alfacinhas. E a sua expressão era eloquente "querem ver que estes bimbos acham que nós somos obrigados a saber tudo?" Vergonha! Qualquer tripeiro sabe como se faz para subir à Torre dos Clérigos! Falta de bairrismo, é o que é.
Seja como for: da próxima vez que for a Lisboa, visite o Aqueduto das Águas Livres. Não tem que enganar: mete-se num autocarro para Campolide, pergunta onde é a Calçada dos Mestres, e... o Aqueduto aparece-lhe em toda a sua grandeza. Se estiver no Amoreiras, é um saltinho a pé.
Não tem nada que agradecer.
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