2012-07-14

Exm.º Ministro...

...Paulo Portas. Permita-me que o trate assim, porque não sei em que qualidade V.ª Exª. falou, se na de ministro, se na de dirigente partidário.
Deixe-me dizer.lhe, antes de mais, que não gosto de si nem um bocadinho. Já sei que V.ª Ex.ª está-se borrifando mara o facto de eu gostar, ou não, de si. Mas eu precisava de dizer isto.
V.ª Ex.ª falou e disse. Acerca do acórdão do Tribunal Constitucional (TC) disse que não era legítimo estender aos privados a dívida do Estado. Se não foi assim, a ideia era essa. Ou seja: se a dívida é do Estado, que sejam os seus funcionários a pagá-la. E eu quase dei comigo a aplaudir com ambas as mãos - já tentei aplaudir só com uma, e não consegui, mas isso é outra conversa.
Na verdade, todas as despesas que os diversos governos - e este "diversos" é uma figura de retórica, já que, na verdade, só houve dois, uns conluiados com o Partido de V.ª Ex.ª, outros nem por isso - dizia eu que todas as despesas feitas pelos governantes foram para beneficiar o Estado e seus funcionários. Principalmente, os funcionários, por isso é justo que sejam eles a pagar os excessos que ainda agora se vão mantendo.
Estou a lembrar-me, assim de repente, de uns submarinos, para os funcionários do Estado darem as suas voltinhas aos domingos. Mas também me lembro de uma quantidade enorme es estádios de futebol, de auto-estradas sem necessidade, de um projecto de TGV e de um aeroporto, tudo para que os funcionários do Estado pudessem partir para férias, certamente com os chorudos subsídios das ditas. As parcerias público-privadas foram estabelecidas para os funcionários públicos encherem os bolsos, os institutos são para dar dinheiro aos funcionários públicos.
É por isso que quando se diz que nós gastámos mais do que o devido, eu pergunto: NÓS, quem?
Senhor ministro, tenha vergonha. Não é preciso muita, basta um pouco.

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