Quando eu era (mais) novo, era recorrente ouvir a minha avó dizer "o dinheiro desaparece como a água". Analfabeta de nascença e por vocação, a minha avó não sabia que a água não desaparece. Foi na escola primária, ainda não havia
novas oportunidades e, portanto, tive de frequentar a escola primária, que aprendi que a água não desaparece, ela muda é de lugar. Se não está aqui, estará nalgum sítio, mas não desapareceu. Vejam o que se passa na Rússia, a atravessar um período de seca sem memória, enquanto que ali perto, no Paquistão, na China e na Europa Central, a água provoca inundações. Não está na Rússia, onde faz tanta falta, está noutras paragens, onde cai em excesso.
Vem isto a propósito de uma notícia que passou na TV: a venda de casas de luxo está em alta. Isto quando a Europa se debate com uma crise sem precedentes. Então, como é? Há dinheiro, ou não há dinheiro?
A minha avó tinha razão: o dinheiro é como a água. Mas a comparação fica por aí. Porque, tal como a água, se não há dinheiro aqui, ele estará nalgum lugar. Se não está no meu bolso, está no bolso de alguém. Faz-me falta a mim, há em excesso algures.
Mas não desapareceu.
A água também não...
2 comentários:
Te acompanho neste raciocinio.
Vou filosofar contigo.
E parto do principio que se o $$$ não está no teu bolso,no meu tambem não, uai!
Meteram a mão (quem???quem????)no meu bolso...levaram tudo em impostos, taxas, e o capeta.
Então...onde estará???
(filósofo pensando...pensando...)
Será que o gato comeu??
E niguem viu??
Cadê o gato???
Fugiu por mato?
Cadê o mato?
O fogo queimou?
Cadê o fogo???
A agua apagou???
Cadê a água????
Bem...agora deixo para ti as respostas...
Pensa...pensa...
Aí está uma grande verdade! Ao dinheiro aplica-se a lei de Lavoisier que diz "na natureza nada se cria, nada se destrói; tudo se transforma".
Com o dinheiro é a mesma coisa. Apesar do calor que faz por aí, o dinheiro não se evapora. Ele tem de ir para algum lado; e para o meu também não é, caso contrário não estava em Angola.
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