2012-01-14

O roto e o nu


Ainda não percebi lá muito bem a razão da polémica desencadeada pelas nomeações de alguns “boys” (e uma “girl”, se a memória não me falha) para um “job” chamado EDP. Ora, toda a gente sabe que o actual governo nada tem a ver com tais nomeações, que são da inteira responsabilidade dos chineses, que conhecem Portugal e os portugueses como as palmas das mãos. Das respectivas, entenda-se. Os chinocas, através das lojas espalhadas pelo país – não confundir com lojas maçónicas, por favor, que isso é outra conversa – trataram de recolher informação de tudo quanto era portuga. Depois, foi só escolher os melhores, nada mais. O facto de pertencerem aos dois partidos da actual coligação não passa de uma curiosa e feliz (para eles) coincidência. Aliás, o mesmo tipo de coincidência que levou a que os tachos do anterior governo fossem rapados por pessoas pertencentes ao partido respectivo.
Daí que eu não compreenda a razão de o PS se armar em virgem ofendida. Pelo contrário deveria calar-se muito caladinho, e esperar pelas próximas eleições, para haver nova dança de cadeiras. Pelo que, e sem nada cobrar por isso, aconselho calma e um pouco de vergonha, porque toda a gente sabe que isto de governações em Portugal funciona como o vira do Minho: ora agora viras tu, ora agora viro eu. Que o mesmo é dizer, já se sabe, de antemão quem é que vai ganhar as próximas eleições: ou é um, ou é outro.
Assim, eu tenho uma proposta para apresentar ao senhor presidente da República: em vez de se estar a esbanjar dinheiro com eleições, da próxima vez atira-se uma moeda ao ar. Se ainda houver moedas, naturalmente. Se não houver, podiam fazer uma partida de bisca. Quem ganhasse, ia para o governo. Poupava-se dinheiro. Ou então, melhor ainda, formavam uma parceria. Governavam ambos ao mesmo tempo. Os tachos seriam distribuídos por sorteio, e se não houvesse tachos suficientes, criavam-se.
Os portugueses foram sempre muito criativos.

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